Mali:Condenada agressão ao presidente interino
No Mali, muitas pessoas expressaram choque pelo ataque contra o presidente interino do país por manifestantes insatisfeitos com um acordo para o deixar no poder durante um ano. Líderes oeste-africanos condenaram o ataque e ameaçaram sanções contra aqueles que sejam responsáveis por tentar bloquear um regresso a um governo civil, dois meses depois de um golpe de estado militar.
Terça-feira marcou o fim do mandato inicial de 40 dias do presidente interino do Mali, Dioncounda Traoré.
Contudo, os militares que derrubaram o anterior presidente em Marco assinaram domingo um acordo com a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) mantendo Traoré no cargo por um ano para organizar eleições.
Centenas de pessoas protestaram na segunda-feira em Bamako contra o acordo entoando palavras de ordem como "Abaixo a CEDEAO" ,"O Mali é um país soberano" e "O Mali pode escolher o seu presidente".
Os manifestantes entraram à força no gabinete de Traoré no palácio presidencial e agrediram-no até o deixar inconsciente depois de pedirem que se demitisse.
Muitos malianos vêm Traoré como parte de uma elite política muito antipática. Como presidente do parlamento, Traoré foi designado pela constituição do Mali para assumir a presidência após o golpe militar.
Entretanto, o norte do Mali continua nas mãos de grupos armados tuaregues que tomaram o poder dias após o golpe militar, cortando efectivamente o país em dois.
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