José Pereira ressalvou que todos que quiserem fazer uso das infra-estruturas terão obrigações, incluindo as federações, associações ou clubes. Anotou que independentemente de a gestão for atribuída a parceiros que não sejam federações, associações ou clubes, o movimento associativo será igualmente sujeito a obrigações na utilização das infra-estruturas.
Salientou que já existe uma proposta do Regulamento de Utilização do Complexo
Desportivo do Zimpeto, mas que ainda carece de aprovação superior.
"Vai certamente ser matéria de negociação com o candidato eleito e que vier estabelecer esta parceria com o FPD. O regulamento será tornado público para que todos os interessados possam respeitar os requisitos necessários para a utilização tanto do estádio, bem como das piscinas. Há obviamente obrigações de parte a parte, tanto dos utilizadores, bem como dos gestores.
É preciso que as pessoas as conheçam e é importante referir que as piscinas não só serão utilizadas para a alta competição, isto é para as competições, mas também para o público em geral, para acções de formação, desde as camadas mais jovens.
Obviamente que será necessário que, em primeiro lugar, se criem condições de segurança para que as crianças, adolescentes, jovens e os próprios adultos possam frequentar e utilizar as piscinas com tranquilidade e, em caso de necessidade, haver pessoas prontas para eventuais socorros", ajuntou.
Indagado sobre quais seriam as obrigações do movimento associativo em relação aos parceiros privados que provavelmente se associem ao FPD para gestão do complexo, Pereira não adiantou pormenores, limitando a dizer que Complexo de Zimpeto está neste momento a observar uma gestão provisória e, nesse quadro, o Governo estabeleceu obrigatoriedades parte a parte.
"Quando qualquer agente desportivo pretende utilizar o campo de futebol do Estádio Nacional, por exemplo, tem obrigações específicas, que são algumas taxas a pagar. Tem de cuidar da organização do evento, desde o controlo do acesso do
público, questões de segurança, etc. Acontece o mesmo em relação à natação.
Mas devo dizer que quando falamos de uma gestão definitiva, isso pressupõe a existência de um regulamento que carecerá de afinação no sentido de todas as taxas, práticas e requisitos ali integrados serem, por um lado, acessíveis aos utilizadores e, por outro lado, terem em conta a necessidade de rentabilização do património desportivo para garantir a sua sustentabilidade e manutenção.
Portanto, tem de haver aqui um equilíbrio sob pena se de pôr em prática taxas mais elevadas e não termos utilização e, por outro, ter taxas muito baixas e por consequência não haver a manutenção deste património, o que equivale dizer que a
breve trecho teremos aqui um património a desmoronar a olhos vistos", explicou.
Frisou que é preciso salvaguardar o equilíbrio na gestão, facto que carece primeiro de negociação e contrato com os parceiros.
"Quem sabe, o processo vai carecer, no processo de divulgação do próprio regulamento, da necessidade de se ouvir os próprios parceiros para poder buscar outras sensibilidades que eventualmente possam obrigar os actores principais da produção desse instrumento a fazerem algumas alterações ou correcções", sublinhou.
Pereira reiterou que o movimento associativo será o maior beneficiário das
infra-estruturas, como principal actor e população objecto do património
desportivo.
"Mas é importante sublinhar e clarificar que o Estádio Nacional do Zimpeto
não vai ser apenas palco para o movimento desportivo, mas também de muitas
outras actividades, nomeadamente eventos sociais e culturais, ou seja, outras
vertentes que possam garantir vitalidade e rentabilidade do recinto",
concluiu.
Fonte:Jornal Noticias
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