A Polícia da República de Moçambique (PRM) mantém sob custódia dois cidadãos de nacionalidade chinesa depois de encontrados na posse ilegal de 25 quilogramas de marfim no Aeroporto Internacional de Maputo.
Trata-se de Lethi Hana e Nguyon Xuan, de 23 e 42 anos de idade respectivamente, encontrados como o produto embalado em pequenos pacotes, provavelmente para despistar as entidades responsáveis pelo controlo e transporte dos produtos.
A polícia não revelou a proveniência exacta do marfim, mas porque o grupo e a respectiva mercadoria foram encontrados num voo da Kenya AirWays ido da capital queniana, Nairob, presume-se que o marfim não resulta do abate de elefantes em parques nacionais.
Segundo o diário electrónico "Mediafax", o grupo pretendia usar o território moçambicano ou as rotas nacionais como ponto de trânsito para fazer chegar a mercadoria a outros destinos mundiais.
A PRM confirma ainda que o cidadão vietnamita surpreendido na posse de sete cornos de rinocerontes, prontos a embarcar para Hanoi, capital do vietnamita, continua sob custódia na capital moçambicana, depois da prisão na noite de quarta-feira, em Maputo.
No momento, segundo a polícia, diligências estão em curso para apurar os contornos que devem ser esclarecidos no âmbito da apreensão dos sete cornos de rinocerontes.
"Por exemplo, deve se apurar quem são os integrantes do grupo, os fornecedores do produto, o local de abate de animais, entre outras questões", disse a fonte policial.
O abate de animais de grande porte, particularmente elefantes para a retirada do marfim e os rinocerontes para a retirada dos respectivos cornos é um fenómeno que, nos últimos tempos, tem estado a registar um crescimento preocupante.
Apesar de existirem guardas florestais nos parques nacionais e da região, os caçadores furtivos contratados por pessoas até aqui pouco se sabe sobre elas, continuam a dizimar estas espécies animais.
Sem revelar a identidade e o nome do produto, disse ter abortado um outro caso de tráfico envolvendo também um cidadão de origem asiática, numa operação conjunta com as autoridades alfandegárias moçambicanas.
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