Doadores querem vêr as contas
Moçambique poderá fazer face a uma falta de medicamentos se não apresentar aos países doadores um relatório devidamente revisto sobre os gastos no sector. Moçambique pediu uma doação de 25 milhões de dólares a esses países para a compra de medicamentos. O Ministério da Saúde de Moçambique diz que está a trabalhar a todo o vapor no processo de auditoria interna para produzir relatórios do desempenho do sector referentes a 2011 exigidos pelos parceiros do Governo. Uma fonte do Ministério confirmou à Voz da América em Maputo que os doadores internacionais condicionam o apoio financeiro ao sector da Saúde à entrega de relatórios do desempenho da Saúde. A fonte reconhece que o atraso na produção de relatórios pode comprometer o programa de aquisição de medicamentos em 2013, mas considera que nem tudo depende somente do Ministério da Saúde. A fonte da Voz da América evitou dar mais pormenores sobre o assunto, que tem sido recorrente nos últimos anos em Moçambique. No ano passado, os chamados parceiros programáticos do governo, que totalizam 19 países e instituições financeiras, condicionaram o aumento do apoio financeiro ao sector à apresentação de um relatório financeiro auditado referente ao ano 2009. A falta desse documento exacerbou a crispação nas relações entre o Ministério da Saúde e os parceiros, tendo culminado com a exoneração do titular do sector, o médico-cirurgião, Paulo Ivo Garrido, que era considerado Ministro do povo, devido à popularidade das suas acções nas unidades sanitárias. Mas as consequências do braço de ferro foi a ruptura de reservas de medicamentos em quase todas as unidades sanitárias do Estado em Moçambique, afectando a população. Agora, o Ministério da Saúde está a tentar evitar a repetição do mesmo cenário.
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