O Governo projecta, para o presente ano, um crescimento económico de 4.7 por cento, prevendo, para o próximo ano, uma taxa de crescimento na ordem de 5.3 por cento, sustentada pelo desempenho dos sectores da agricultura, comércio, indústria extractiva e transportes e comunicações.
A perspectiva do Executivo, em relação à inflação média anual, é que continue na trajectória descendente, podendo atingir 11.9 por cento no próximo ano, o que vai permitir a redução da taxa de juro no sistema bancário.
Estas projecções foram feitas pelo Primeiro Ministro, Carlos Agostinho do Rosário, na quinta-feira, 9 de Novembro, em Maputo, ao proceder à abertura da 2ª edição da cimeira da Financial Times no continente africano, que reuniu líderes políticos e do sector empresarial de Moçambique e do mundo, numa iniciativa que conta com o Standard Bank como principal parceiro.
“Acreditamos que, com os resultados visíveis da paz que vivemos, a estabilidade macroeconómica e a implementação de reformas para a melhoria do ambiente de negócios entramos num novo ciclo económico confiantes”, referiu o governante. Entretanto, conforme indicou Carlos Agostinho do Rosário, constitui desafio a reestruturação da dívida pública, por forma a trazê-la para parâmetros sustentáveis, bem como o reforço da confiança com os parceiros de cooperação, de modo a melhorar o acesso do sector privado às oportunidades de financiamento no mercado financeiro internacional.
À margem da cimeira que decorreu sob o lema “Reduzindo o risco de investimento através de boas práticas de negócio”, Chuma Nwokocha, administrador delegado do Standard Bank, disse que o investimento em recursos como o carvão, gás natural, entre outros, tem potencial para acelerar o crescimento do PIB e apoiar a estabilidade macroeconómica, mantendo a taxa de câmbio estável e uma inflação relativamente baixa e estável.
“Vemos um potencial limitado desses investimentos para gerar emprego em níveis que tirariam da pobreza quase metade da população moçambicana, que vive com menos de dois dólares por dia, daí que acreditamos que a agricultura, um sector que representa pouco mais de 20 por cento do PIB e que fornece meios de subsistência para quase 80 por cento da população moçambicana, assim como o turismo, energia e infrastruturas, têm o potencial de gerar a transformação económica necessária em direcção a um crescimento inclusivo, dado o seu potencial para criar empregos que absorvam a população jovem moçambicana”, destacou.
Na opinião do administrador delegado do Standard Bank, o País tem um grande potencial para, a breve trecho, retomar o ritmo acelerado de crescimento da economia, depois de alguns anos de ligeiro abrandamento.
“Existem alguns desafios que temos que ultrapassar nos próximos meses e o Governo está a prestar atenção a isso, de modo a que as reformas em curso possam surtir o efeito positivo desejado”, concluiu.
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