O Governo de Filipe Nyusi continua a enganar os investidores estrangeiros, e ao povo moçambicano, afirmando que tirou lições da suspensão do Programa do Fundo Monetário Internacional e do apoio dos Parceiros de Cooperação. “Da situação difícil que vivemos em 2016 tirámos lições e, para cada lição, tomámos medidas” disse Carlos Agostinho do Rosário, o primeiro-ministro, enumerando um rol de medidas que na verdade não estão a ser implementadas.
Discursando para uma plateia de investidores, fundamentalmente focados nos nossos recursos naturais, Carlos Agostinho do Rosário começou por afirmar que “Da situação difícil que vivemos em 2016 tirámos lições e, para cada lição tomámos medidas”.
Relativamente a crise económica e financeira precipitada pela descoberta das dívidas ilegais, a que chamou de “crise cambial”, o primeiro-ministro contornou as causas verdadeiras e voltou a culpar os “choques exógenos” e os “efeitos das mudanças climáticas” mentindo que o Governo tem “vindo a implementar medidas de diversificação da base produtiva, onde apostamos na agricultura, energia, turismo e infra-estruturas”.
“A segunda lição que tirámos da situação económica difícil de 2016 é da necessidade de reforçar a sustentabilidade da política fiscal e monetária como fundamento da estabilidade macroeconómica” referiu do Rosário mas voltou a falta a verdade quando disse que “com o objectivo de reduzir o défice orçamental priorizamos os esforços para melhorar a eficiência na cobrança e gestão de receitas, bem como na racionalização da despesas pública”. É só olhar para as mordomias que os “dirigentes e governantes” mantém para ver que racionalização só tem havido na despesa com o povo.
Também ludibriou a plateia, de uma conferência de investimentos que decorreu esta quinta-feira(09) em Maputo, ao declarar que “iniciamos igualmente o processo de reestruturação das empresas públicas e participadas como o objetivo de reduzir o risco fiscal e torna-las mais competitivas e menos dependentes do Orçamento do Estado”. É que o Governo continua a injectar dinheiro do erário nessas empresas e, salvo pouquíssimas excepções, não são conhecidas reestruturações em curso.
Carlos Agostinho do Rosário enganou em seguida aos investidores afirmando, sobre necessidade de melhorar a gestão da dívida pública, que o Governo está a “implementar um plano de acção que integra de entre várias componentes, as normas de emissão, de gestão de garantias e contratação de créditos externos”, quando os moçambicanos vão sendo confrontados com mais dívida externa que tem sido contraída, sem transparência, junto da China.
Ademais o primeiro-ministro omitiu que o seu Governo tem estado a aumentar, em mais de 1000 por cento, a dívida pública interna que além de onerosa contribui substancialmente para manter as taxas de juro insuportáveis para as pequenas e médias empresas.
Sobre as dívidas ilegais da Proinducus, EMATUM e MAM do Rosário reafirmou a determinação do Executivo que lidera “em continuar a colaborar com a Procuradoria-Geral da República” quando se sabe que os mentores e autores destes empréstimos que violaram a Constituição da República e leis orçamentais, vários deles membros do actual Governo, se recusam a fornecer a informação necessária para preencher as “lacunas” que o Fundo Monetário Internacional deixou claro existirem na Auditoria realizada pela Kroll.
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