“Emboscado” pelo Financial Times, durante a conferência que a publicação organizou em Maputo, o ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane, driblou as perguntas sobre quando Moçambique vai resolver a questão das dívidas ilegais e relativamente as lacunas de informação no relatório da Kroll. Porém, Maleiane, deixou claro que Moçambique precisa de um Programa do Fundo Monetário Internacional(FMI).
“Tinha percebido que este ano o tema seria sobre depois da dívida o que nós estamos a pensar fazer” começou por tentar furtar-se o ministro Maleiane quando questionado diretamente pelo editor para África do Financial Times, David Pilling, sobre quando Moçambique vai resolver a questão das dívidas ilegais de mais de 2 biliões de dólares norte-americanos, contraídos pelas estatais Proindicus, EMATUM e MAM.
Diante da finta o jornalista do Financial Times insistiu e quis também saber sobre as lacunas de informação existentes no relatório da Auditoria da Kroll, perguntando especificamente sobre os 500 milhões de dólares contabilizados como despesa do Ministério da Defesa mas que o titular do pelouro já disse que nada recebeu nesse montante.
Adriano Maleiane fez um novo drible, discorreu sobre o trabalho que a Procuradoria-Geral da República alegadamente está a realizar, disse que a questão dos 500 milhões será mais um problema de registo de contabilidade e o Governo até está disponível para contratar, em caso de necessidade, outra empresa para aprofundar essas questões que a consultora Kroll não conseguiu descortinar.
O ministro disse ainda que do ponto de vista legal os três empréstimos foram contraídos com Garantias assinadas por alguém mandatado pelo Governo de Moçambique e até prova em contrário são todas do nosso país.
Além disso Maleiane referiu que o Executivo aguarda o parecer do Conselho Constitucional, relativamente a legalidade das dívidas, em resposta ao pedido submetido por uma organização da Sociedade Civil.
Entretanto Adriano Maleiane deixou claro que Moçambique precisa de um Programa do FMI, “para fazer as reformas necessárias e é um catalizador para investimentos”.
No que diz respeito a actual relação com o Fundo Monetário Internacional o ministro da Economia e Finanças foi enfático que o nosso país continua a ser membro da instituição e esclareceu o “misreporting” foi resolvido em Novembro.
Para reforçar a sua argumentação Adriano Maleiane revelou que uma missão do FMI deverá visitar o nosso país ainda durante o mês de Novembro.
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