A Frelimo, partido no poder, e a Renamo, maior formação política da oposição em Moçambique, empregam todos os seus meios a seu dispor à procura de militantes aspirantes a presidente do Conselho Municipal de Maputo e a membros da Assembleia Municipal, processo que decorre paralelamente noutras autarquias do país. Apesar de não revelar nomes, a Frelimo diz que já encontrou oito candidatos, os quais ainda serão submetidos à peneirada de outros órgãos para se eleger o cabeça de lista.
Trata-se de um processo atinente às quintas eleições autárquicas, a realizarem-se no dia 10 de Outubro do ano em curso, e que decorre à luz de numa nova legislação eleitoral, cuja aprovação está refém do desarmamento e da desmilitarização da Renamo, segundo a exigência da Frelimo, partido cuja maioria parlamentar lhe permite viabilizar e inviabilizar o que lhe é a favor.
Francisco Mabjaia, primeiro secretário da Frelimo na cidade de Maputo, disse que o seu partido espera anunciar o candidato a edil em meados de Julho corrente. Dos oito candidatos seleccionados, apenas três que “serão concorrentes a cabeça de lista” e deverão ser submetidos ao Conselho de Verificação. A seguir, os três concorrentes serão submetidos ao Gabinete Central de Preparação de Eleições.
Depois deste se pronunciar, realizar-se-á uma sessão de Comité da Cidade de Maputo, na qual será indicado, em definitivo, o cabeça de lista para a metrópole, explicou Mabjaia. Já a Renamo, que também na quarta-feira (03) apresentou os pré-candidatos a membros da Assembleia Municipal de Maputo, disse que os mesmos ainda serão homologados pela Comissão Política Nacional.
Durante o processo, espera-se igualmente “escolher os membros suplentes”, segundo André Magibire, chefe da brigada central do partido, afecta à capital do país.
No que diz respeito à identidade dos referidos pré-candidatos, Magibire não avançou os nomes, alegadamente porque eles ainda serão alvos do crivo da Comissão Política Nacional.
Neste momento, o Movimento Democrático de Moçambique (MDM) é o único partido que já indicou os cabeças de listas para o escrutínio de Outubro próximo, excepto na capital do país, porque Venâncio Mondlane, que tinha sido escolhido para o efeito, abandonou o partido e aliou-se à Renamo.
Refira-se que a Frelimo está no poder há 43 anos, enquanto a Renamo queixa-se de ser vítima de roubo de votos desde 1992.
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