Esta informação foi dada a conhecer, na quarta-feira, 4 de Julho, em Maputo, durante a conferência de imprensa concedida pelo ministro moçambicano dos Transportes e Comunicações, Carlos Mesquita, e a ministra portuguesa do Mar, para anunciar os resultados do trabalho desenvolvido nos dois dias de visita ao sector, em Moçambique.
“Os acordos já foram preparados, analisados e ambas as partes estão de acordo com os princípios que estão estruturados e compreendem entre vários aspectos nas áreas de domínio jurídico, documentação sobre as convenções marítimas e outras especialidades, nomeadamente a administração e segurança marítima, serviços de cabotagem, tecnologias, sistemas de informação, ambiente marinho e desenvolvimento institucional”, explicou Carlos Mesquita.
O governante moçambicano referiu ainda que os dois países vão ter a oportunidade de continuar a colaborar nas plataformas logísticas do transporte intermodal, considerado extremamente importante e fundamental para garantir uma mobilidade de forma segura e competitiva de pessoas e bens. “Isto é quanto temos estado a conversar e trabalhar para que se fortifiquem as boas relações entre os dois sectores e os governos de Moçambique e Portugal”, frisou o ministro dos Transportes e Comunicações.
Como resultados da sua visita de trabalho a Moçambique, Ana Paula Vitorino, apontou a identificação aprofundada das áreas fortes de cada um dos países, assim como dos constrangimentos que têm relativamente às estratégias para o desenvolvimento do sector.
“Entendemos que existem áreas-chave como a formação, a investigação, a segurança e também as áreas da inovação que se cruzam em todas estas matérias”, sustentou, a ministra portuguesa do Mar, acrescentando que ambos os países têm que promover a inovação no transporte marítimo, na gestão portuária e nos procedimentos adequados. Existe, conforme destacou, uma outra área que é transversal a todas estas áreas que tem a ver com as abordagens jurídicas e que será também uma área de colaboração entre os dois países.
“O nosso entendimento é que devemos ter equipas conjuntas a trabalharem nestas matérias. Não será um único país a fornecer um determinado apoio ao outro. Os dois países, em conjunto, com os seus técnicos e dirigentes, farão reuniões para o desenvolvimento de cada um dos aspectos específicos”, vincou Ana Paula Vitorino.
É desejo da governante lusa, neste sector, que Moçambique participe na organização de conferências, seminários e tudo o que tem a ver com o desenvolvimento e criação do conhecimento, seja em Moçambique ou em Portugal. Importa realçar que a visita da governante portuguesa enquadra-se na preparação da cimeira luso-moçambicana a decorrer amanhã, em Maputo.
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