Pelo menos 10 pessoas encontram-se detidas, implicadas no assassinato do membro do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) e edil da cidade de Nampula, Mahamudo Amurane. Alguns suspeitos são membros seniores deste partido. T
Mahamudo Amurane foi assassinado a tiros em pleno dia da paz – noite de 04 de Outubro de 2017 – na sua residência em Nampula. Na quinta-feira (04), a família da vítima assinalou o primeiro ano do seu desaparecimento físico.
Coincidência ou não, na quarta-feira (03), o Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), que durante 12 meses remeteu-se ao silêncio e cerrou os ouvidos, chamou a imprensa para dizer que, “ainda que de forma preliminar” foram apurados “elementos que indiciam o envolvimento de 10 membros e quadros seniores do MDM”.
Quem o disse foi o chefe do Departamento de Relações Públicas naquela instituição do Estado, Leonardo Simbine. Este adiantou que o processo já está em poder da Procuradoria Provincial de Nampula para os trâmites subsequentes.
Em obediência ao princípio presunção de inocência e por o processo de acusação ainda estar na fase de instrução preparatória, a fonte não revelou as identidades dos indiciados.
Segundo Leonardo Simbine, a investigação apurou ter havido desavenças que abalavam o MDM e ameaças públicas proferidas contra a pessoa de Mahamudo Amurane. Certos membros do “galo” manifestaram publicamente a intenção de afastar o malogrado do cargo de edil de Nampula à força. Esta situação estimulou desentendimentos dentro do partido.
O SERNIC não avançou nada em relação a outros crimes que continuam por esclarecer, entre eles o assassinato e atentado contra a de vida dos membros dos partidos políticos da oposição e académicos.
Mais de uma dezenas de membros da Renamo e do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), incluindo quadros seniores, foram mortos a tiros entre 2016 e 2017. Alguns nas suas residências e em plena luz do dia, sobretudo na cidade de Maputo e nas províncias de Sofala, Tete, Nampula e da Zambézia.
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