Guiné-Bissau: Apelo a desobediencia civil
O Conselho de Segurança das Nações Unidas adiou para mais tarde a reunião para aprovação de uma resolução sobre a Guiné-Bissau.
O encontro inicialmente previsto para o início da tarde de sexta-feira foi adiado por razões de consultas entre os países membros.
Uma fonte disse a Voz da América que os diplomatas estão a concertar posições sobre o uso de linguagem a adoptar no documento.
Ontem, num precedente comunicado, as Nações Unidas voltaram a expressar a sua preocupação sobre as crises político-militares na Guiné-Bissau e no Mali.
O Representante Especial do Secretário-Geral da ONU para África Ocidental, Said Djinnit, participará na reunião do Conselho de Segurança e Mediação da CEDEAO, a ter lugar amanhã em Abidjan.
A ONU considera como essencial garantir que as decisões saídas dos processos de mediação no Mali e na Guiné-Bissau conduzam ao total e rápido regresso à ordem constitucional e enviem uma mensagem clara e baseada em princípios contra tomadas do poder por vias inconstitucionais.
A mesma organização no seu comunicado diz estar a trabalhar com a CEDEAO para assegurar uma colaboração e coordenação estritas com a ONU e outros parceiros regionais e internacionais à medida que este processo avança.
As Nações Unidas voltaram a apelar ao respeito total dos princípios democráticos e que os militares nos dois países regressem às casernas, se abstenham de qualquer envolvimento na política e respeitem a autoridade civil e o estado de direito.
Sublinha ainda o comunicado que o Secretário-Geral Ban Ki-moon tem estado em consultas directas e através dos seus Representantes Especiais na África Ocidental e na Guiné - Bissau, para ajudar na resolução dessas crises.
Entretanto hoje em Bissau os partidos e organizações civis que se opõem ao golpe de Estado na Guiné-Bissau, apelaram a desobediência civil.
Trata-se de uma medida para contrariar a decisão da CEDEAO que depois da nomeação de um presidente da república interino e de um primeiro-ministro de transição, fez chegar ontem a Bissau o primeiro contingente da sua força de estabilização.
Iancuba Indjai, secretário executivo da Frenagolpe - Coligação de partidos políticos e organizações sociais contestam o golpe de Estado disse hoje que o colectivo que reprtesenta não vai aceitar nenhuma autoridade pós-golpe...
Frenagolpe - Frente Anti-Golpe - é formada pelo PAIGC e cerca de uma dezena de partidos políticos próximos ao partido marioritário.
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