Apartheid não tem raça: massacre de Marikana (6) Aug 22nd 2012, 22:55 Sexto número desta série, crédito da imagem aqui. Uma altura há-de chegar na qual procurarei explicar por que razão faço uso da expressão Apartheid não tem raça. Enquanto aí não chego, creio ser boa ideia dar-vos conta do que disse a Sra Susan Shabangu, ministra sul-africana dos Recursos Minerais, por ocasião de uma sessão especial do Parlamento para discutir o massacre de Marikana: "Não é certamente correcto que as comunidades de mineração, tais como as de Marikana e outras, vejam companhias mineiras e seus dirigentes ostentando prosperidade e consumo conspícuo, enquanto elas continuam a experimentar a pobreza." Aqui. Mas dever-se-á admitir que o problema não está apenas ao nível das companhias mineiras, os arquitectos da pobreza podem ser de vários azimutes nacionais, como escreve Moeletsi Mbeki aqui. Enquanto isso, depois de passar os olhos por aqui e sabendo que a nível parlamentar se exigiu saber quem deu ordens à polícia para disparar balas reais, confira um cartun de Zapiro sobre Julius Malema, reproduzido com a devida vénia daqui:(continua) Adenda: de acordo com um texto notável em seu ecletismo, afinal ninguém é especificamente culpado do massacre. Aqui. Adenda 2: mas a vida é geralmente menos eclética do que pensamos e por isso acho útil sugerir a leitura de um texto defendendo que o massacre foi planeado pela polícia. Aqui. Adenda 3: "Desconfiai do mais trivial, na aparência singelo. E examinai, sobretudo, o que parece habitual. Suplicamos expressamente: não aceiteis o que é de hábito como coisa natural, pois em tempo de desordem sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente, de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural, nada deve parecer impossível de mudar." - Bertolt Brecht. | |
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