A Associação dos Advogados da SADC (Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral), o Centro de Litigação da SADC e a Comissão Internacional de Juristas acusaram os líderes dos governos da região de terem "destruído" o Tribunal do bloco regional.
Contrariando pareces dos ministros da Justiça e procuradores-gerais da República dos 16 estados da SADC, excepto o Zimbabwe, bem como pressões de organizações da sociedade civil, os chefes do Estado e de Governo da organização decidiram, em cimeira realizada semana passada em Maputo, não reactivar o Tribunal da SADC, suspenso em 2010.
"Essa decisão, efectivamente, destrói, integralmente, um órgão da SADC - o Tribunal já estabelecido - e nega aos povos da SADC o direito de acesso ao tribunal para terem justiça", refere uma nota de imprensa da Associação dos Advogados da SADC (SADC LA), Centro de Litigação da SADC (SALC) e Comissão Internacional de Juristas (ICJ).
No comunicado final da cimeira, os 16 estadistas da organização defenderam a aprovação de um novo protocolo sobre o tribunal, em que o órgão passará a ter apenas a competência de resolver litígios entre estados sobre a interpretação de tratados e protocolos da própria SADC.
Nas competências que passará a ter ao abrigo do futuro protocolo, o Tribunal da SADC deixará de julgar queixas sobre abusos dos direitos humanos e de receber petições de cidadãos, reconhecendo apenas processos apresentados por Estados.
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