"A bicicleta permitirá minimizar o "crónico problema" da deficiente recolha de resíduos sólidos na cidade."
O município de Quelimane, centro de Moçambique, vai introduzir a bicicleta na recolha de lixo das suas ruas, anunciou o presidente do município da Zambézia, a província onde circulam mais bicicletas no país.
Segundo Manuel Araújo, eleito pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira força da oposição, a bicicleta permitirá minimizar o "crónico problema" da deficiente recolha de resíduos sólidos na cidade.
"Em muitos pontos do nosso município há cidadãos que pagam taxa de lixo, através da Electricidade de Moçambique mas que, entretanto, não beneficiam destes serviços", disse Araújo, falando na reunião do Programa de Desenvolvimento Autárquico, realizada no fim de semana em Nampula, norte.
"Mesmo que tivéssemos muitos camiões para a recolha de lixo, não seria possível abrangermos todos os bairros, devido às dificuldades de vias de acesso", acrescentou o autarca, citado pelo "Diário de Moçambique.
O Conselho Municipal vai adquirir um "número considerável" de bicicletas que depois serão distribuídas para um grupo de trabalhadores, contratados para a recolha do lixo.
Manuel Araújo adiantou que será criada na cidade de Quelimane uma empresa especializada na recolha de resíduos sólidos, com recurso aos velocípedes sem motor.
Com cerca de 223 mil habitantes, Quelimane, a quarta cidade mais importante do país, produz, em média, 40 toneladas de lixo por dia, e o presidente do município, eleito em Dezembro, queixou-se da "pesada situação" que herdou.
"Praticamente, 98 por cento dos meios circulantes que nós temos não tem conta-quilómetros e isso é muito complicado porque é difícil saber a quantidades de combustível que se gasta", exemplificou.
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