Mais dez mortos foram confirmados após a passagem do furacão Michael no Estado norte-americano da Flórida, levando o total de mortos a pelo menos 29 enquanto equipes de resgate trabalham para encontrar centenas de outras pessoas que ainda são consideradas desaparecidas.
O Michael, que atingiu o continente na quarta-feira como uma das mais poderosas tempestades já registadas nos Estados Unidos da América, matou 20 pessoas na Flórida, cinco na Virgínia, três na Carolina do Norte e uma na Geórgia, de acordo com números oficiais.
Equipes da organização voluntária e resgate CrowdSource Rescue estavam em contato com pessoas apontadas por familiares e amigos na região do desastre, de acordo com Matthew Marchetti, co-fundador do grupo baseado em Houston. Os voluntários ainda não tinham alcançado mais de 1.135 pessoas na manhã desta terça-feira.
À medida que voltava a cobertura telefónica no local, o número de pessoas consideradas desaparecidas em Mexico Beach, uma das cidades mais atingidas, caiu para três, disse o vereador Rex Putnal. Um dia atrás, mais de 30 pessoas estavam sem comunicação.
“Esperamos que eles tenham saído e que os encontremos com segurança em algum lugar”, disse, antes de se dirigir ao grupo de limpeza onde equipes aguardavam a chegada de alguns banheiros portáteis.
“Viver assim é pesado”, disse Putnal. “Esse é só o meu quinto dia e não estou acostumado a lavar roupas numa banheira, sem máquina de lavar ou de secar e comendo apenas sanduíches de manteiga de amendoim e geleia”.
A cidade de 1.200 moradores havia reportado duas mortes até segunda-feira. Equipes de resgate estavam usando cachorros para encontrar corpos que possam estar soterrados sob os escombros.
Cerca de 200 mil pessoas continuavam sem energia elétrica no sudeste dos Estados Unidos. Residentes de cidades costeiras atingidas eram forçados a cozinhar em fogueiras ou churrasqueiras.
Pelo menos 80 por cento dos usuários em três condados maioritariamente rurais estavam sem electricidade na terça-feira. Autoridades dizem que o fornecimento pode demorar semanas para voltar.
Vários moradores da região estão a passar dias sem água encanada ou saneamento básico, à espera de ajuda das autoridades. Algumas pessoas estão acampando em barracas com os pertences que conseguiram salvar.
“Estou a ficar aqui para tentar afastar saqueadores, para tentar salvar o que eu consigo”, disse Bernard Sutton, de 64 anos, que passa por tratamento contra um cancro e está a morar numa barraca e numa minivan quebrada.
Árvores derrubadas dificultavam o acesso aos atingidos pelo furacão.
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