Oito de cada 10 filipinos temem que eles mesmos ou alguém que conhecem se torne vítima de assassinatos extrajudiciais, mostrou uma pesquisa de opinião publicada nesta segunda-feira, embora a maioria também classifique a guerra às drogas do presidente do país, Rodrigo Duterte, como "excelente".
Mais de duas mil pessoas foram mortas pela polícia em operações antinarcóticos nas Filipinas desde que Duterte assumiu, no dia 1º de julho. Outras três mil mortes, algumas atribuídas a homens mascarados em motos ou a vigilantes, estão sendo investigadas.
As Estações de Clima Social (SWS, na sigla em inglês), um instituto de pesquisa independente, perguntou a 1.500 filipinos de todo o território se temem que eles ou alguém que conhecem possa ser vitimado por um assassinato extrajudicial, e 78 por cento responderam que estão muito temerosos ou algo temerosos.
A sondagem das SWS foi realizada por meio de entrevistas pessoais entre 3 e 6 de Dezembro, e os resultados foram divulgados na internet nesta segunda-feira.
Apesar destes receios, a guerra às drogas de Duterte recebeu a avaliação de "excelente" de uma ampla maioria dos entrevistados, resultado a que se chegou deduzindo os oito por cento que se disseram insatisfeitos dos 85 por cento que disseram estar satisfeitos.
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