Moçambique poderá dar início a um processo de desenvolvimento, tornando-se num país de rendimento médio a longo prazo, com a produção de Gás Natural Liquifeito (GNL) onshore, em 2024 e GNL offshore, em 2022, na sequência da Decisão Final de Investimento (DFI), anunciada, recentemente, em Maputo, pela Anadarko.
Nos próximos 5 a 6 anos, prevê-se um aumento significativo das actividades económicas em Moçambique, sendo que os dois projectos têm uma obrigação para com o Conteúdo Local, que, no caso da área 1, é de 2,5 biliões de dólares norte-americanos, razão pela qual esta DFI terá um efeito positivo no futuro da economia de Moçambique.
O director de Petróleo e Gás para a África Subsaariana do Standard Bank, Paul Eardley-Taylor, participou no painel sobre “África na Iminência do Boom do Gás Natural Liquifeito”, inserido na 12ª Cimeira Estados Unidos-África e considerou que, com o decurso do tempo, as vendas do gás vão gerar receitas que poderão beneficiar os moçambicanos: “É o primeiro de duas DFI que devem ocorrer ainda este ano”, disse.
O Standard Bank trabalha, desde 2013, na área 1, cujo operador é a Anadarko, onde, para além de prestar serviços financeiros, realizou um estudo macroeconómico para o respectivo projecto de Gás Natural Liquifeito, que constituiu o objecto da Decisão Final de Final de Investimento, anunciada, recentemente, pela multinacional norte-americana. “Os desembolsos ainda estão a ser finalizados.
No entanto, o Standard Bank vai alocar um montante significativo no financiamento de cada linha de crédito comercial e a linha de crédito de exportação sul-africana que esperamos que desempenhe um grande papel no financiamento do projecto de GNL de Moçambique”, frisou.
Num outro desenvolvimento, o director de Petróleo e Gás para a África Subsaariana do Standard Bank sustentou que no mercado de GNL, Moçambique pode vir a desempenhar um papel crucial, pois prevê-se que a demanda mundial por GNL aumente 4 por cento, por ano, projectando-se que cerca de 430 milhões de toneladas de GNL serão necessárias até 2040, sendo que Moçambique pode fornecer até 25 por cento desta demanda em crescimento.
O GNL pode ser exportado directamente para a Ásia, para mercados importantes como Índia, China, Coreia e Japão. Moçambique também pode exportar GNL para a Europa à medida que alguns fornecedores europeus reduzirem a produção do gás natural. Assim, se espera que Moçambique se torne no fornecedor mundial número 4 ou 5 de GNL.
“O projecto de GNL de Moçambique representa uma série de investimentos de 128 milhões de dólares norte-americanos que podem ser alocados nos sectores de Petróleo e Gás e outros sectores associados em Moçambique, até 2025. O que acontece no mundo, e não será excepção para Moçambique é que existem várias oportunidades para a participação da economia moçambicana”, frisou.
Para além de vários postos de trabalho resultantes do efeito económico indirecto induzidos pelo projeto de GNL, na bacia do Rovuma, existem várias obrigações de Conteúdo Local nos dois projectos onshore, na ordem de 5,5 biliões de dólares norte-americanos, sendo que a percentagem das obrigações de Conteúdo Local irão aumentar no futuro.
Com efeito, o Standard Bank pretende estabelecer parcerias por via das diferentes áreas operacionais para ajudar, através da sua Incubadora de Negócios, as empresas que irão surgir ou crescer como resultado da implementação dos projectos de GNL, na Bacia do Rovuma, em Cabo Delgado.
Segundo o director de Petróleo e Gás para a África Subsaariana do Standard Bank, Paul Eardley-Taylor, o banco participou, recentemente, no concurso para o financiamento, devendo alocar um montante significativo a cada uma das linhas de crédito, cujo acordo financeiro prevê-se que seja concluído até ao final deste ano.
“No futuro, além do crédito que iremos alocar, o Standard Bank pretende continuar a oferecer serviços financeiros ao projecto de GNL e também dar financiamento e serviços bancários para o projecto de GNL da Bacia do Rovuma”, concluiu.
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