O Ministério da Saúde (MISAU) disse esta quarta-feira (26) que, apesar de os serviços de planeamento familiar serem públicos e gratuitos em Moçambique, o uso de métodos contraceptivos continua muito baixo. Só 25 em cada 100 mulheres usam os referidos métodos para prevenir a gravidez. A consequência disso são as elevadas taxas de natalidade.
Pese embora não seja valorizado, o uso de contraceptivos, por exemplo, diminui em 73% o risco de ter gravidez não planificada e em 70% o aborto induzido, disse a chefe do Departamento de Saúde da Mulher e Criança no MISAU, Páscoa Wate.
Em Moçambique, o planeamento familiar foi introduzido em 1977, com uma intervenção dentro do Programa de Protecção à Saúde Materna e Infantil. Em 1980, o planeamento familiar foi estabelecido como um programa de âmbito nacional.
Contudo, volvidas décadas, o MISAU assume que ainda enfrenta o “desafio de remover as barreiras socioculturais, promover cada vez mais o acesso à informação e aos serviços de planeamento familiar e contracepção moderna”.
Para além das barreiras socioculturais em relação à contracepção e ao planeamento familiar, as autoridades da saúde queixam-se do fraco envolvimento dos homens, porque não são adequadamente informados sobre os riscos que as mulheres enfrentam durante a sua vida sexual e reprodutiva.
Adicionalmente, a rede hospitalar não cobre todo o país. Ou seja, ainda existem mulheres que percorrem distâncias para chegar a uma unidade sanitária, onde possa ter acesso aos métodos em questão.
Enquanto isso, o Governo espera que até 2021 todas as escolas secundárias estejam a oferecer métodos contraceptivos.
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