Pensionistas não vê a cor do seu dinheiro e desconhecem os motivos. Funcionários do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) com salários atrasados. Motivo: Maria Helena Taipo mandou congelar as contas do INSS.
No dia 15 deste mês, Rute Silvestre, 56 anos de idade, foi a uma caixa multibanco para levantar dinheiro para as despesas caseiras. Mas antes consultou o saldo e verificou que o dinheiro ainda não tinha sido debitado na sua conta.
"Achei normal e julgava que na segunda-feira (dia 18) teria o dinheiro". Mas não foi isso que aconteceu na segunda-feira para Rute e cerca de 90 mil pensionistas. O pedido de extracto de um dos pensionistas ouvidos pelo @Verdade é claro: o dinheiro foi debitado, mas depois retirado das contas com prontidão.
Efectivamente, os pensionistas não foram informados de que haveria um atraso na disponibilização do valor da pensão. "Não tive nenhuma informação e nem dizem quando teremos o nosso dinheiro", diz José Muianga, de 60 anos de idade.
Os funcionários do INSS fizeram saber que a ministra do Trabalho, Maria Helena Taipo, mandou congelar todas contas bancárias daquela instituição de segurança social. Enquanto tal medida durar um exército de mais de 90 mil pensionistas terão de fazer contas à vida.
A medida, dizem, é mais uma ofensiva de Taipo, como resultado dos recentes escândalos despoletados com o concurso de Procurement para aquisição de materiais de escritório e consumíveis no INSS e os gastos com as casas do respectivo Presidente do Conselho de Administração (PCA) Inocêncio Matavele e a Directora Geral, Rogéria Muianga.
Em torno do assunto o diário electrónico mediaFAX reportou que nem todas instituições bancárias implementaram a ordem da ministra do Trabalho. No entanto, @Verdade através do pedido de extracto sabe que o Millenium Bim é um dos bancos que retirou o dinheiro das contas dos pensionistas.
Outras instituições bancárias consideram que, não sendo assinante das contas em causa e, por conseguinte, não cliente, Helena Taipo não possui poderes para fazer com que os bancos congelem as contas em causa.
Desconhece-se as razões por detrás das medidas da ministra. Contudo, uma recente auditoria à Conta Anual de segurança social, referente ao ano de 2009, concluída em Setembro do ano passado, elaborada pela empresa de Auditoria e Consultoria Ernest & Young, indica ter detectado a permanência na contabilidade, de contas bancárias no valor de 14.114.185 Meticais, mas que o INSS diz ter encerrado em anos anteriores, junto dos respectivos bancos.
Os contornos da ofensiva da Ministra do Trabalho junto do INSS, uma instituição considerada como saco azul para muitos sectores e individualidades, prometem resvalar em situações ainda imprevistas.
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