O jornalista e activista moçambicano, Jeremias Filipe Vunjanhe, da ONG Justiça Ambiental, que havia sido impedido de entrar no Brasil na passada terça-feira(12), onde iria participar da Cimeira dos Povos, movimento paralelo à Cimeira do Rio+20, chegou na noite desta segunda-feira ao Rio de Janeiro e, desta vez, a sua entrada foi permitida ao território brasileiro.
Em contacto telefónico estabelecido ontem com Daniel Ribeiro, da Justiça Ambiental, apuramos que após o seu regresso do Brasil Jeremias obteve um novo visto na embaixada brasileira em Maputo, e embarcou na noite de domingo para o Brasil.
Entretanto o consulado brasileiro em Moçambique não deu ainda nenhuma explicação plausível para o impedimento da entrada deste cidadão moçambicano e nem para a inscrição do seu nome na lista dos impedido da Sinpi (Sistema Nacional de Impedidos e Procurados do Brasil).
Nenhum pedido de desculpas formal foi ainda apresentado pelo Governo brasileiro.
Em declarações ao portal G1, Jeremias classificou a situação como revoltante. "Até porque até agora não há explicação sobre o que aconteceu", afirmou. Segundo ele, a Polícia Federal brasileira agiu com "prepotência", mas ele adiantou que a diplomacia brasileira resolveu o seu problema ao desbloquear sua entrada no Brasil.
Com uma semana de atraso Jeremias, que é conhecido em Moçambique por ser um crítico à atuação da companhia Vale no país, acabou por não participar no 3o Encontro Internacional dos Atingidos pela Vale em todo mundo, que se realizou na passada sexta-feira na Cimeira dos Povos.
Jeremias Vunjanhe também está credenciado como observador da sociedade civil e deverá participar na Cimeira do Rio+20, que acontece entre 20 e 22 de Junho e onde são são esperados 115 chefes de Estado e Governo, incluíndo o Presidente Armando Guebuza.
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