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Procurador-geral da República visitou cadeia provincial da Zambézia |
Pelo menos 11 reclusos perderam a vida, de Janeiro a esta parte, devido a enfermidades de vária ordem, com maior destaque para malária. Estes dados foram anunciados ontem, durante a visita do procurador-geral da República, Augusto Paulino, àquela penitenciária e à Polícia de Investigação Criminal.
Em relação à cadeia, Paulino testemunhou o problema que vem sendo reportado quase sempre: a superlotação da cadeia. É que de uma capacidade instalada de 270, hoje aquela penitenciária alberga um total de 659 reclusos. Destes, 316 em condição de detidos e 343 condenados.
A superlotação da cadeia provincial da Zambézia deve-se à detenção de indivíduos que, em condições normais, lhes deviam ser aplicadas penas alternativas. Se não vejamos, de Janeiro esta a parte deram entrada naquela penitenciária 1 280 reclusos provenientes dos 17 distritos da província, dos quais 1 269 são de sexo masculino e 11 feminino.
Das 1 280 pessoas detidas de Janeiro a esta parte, por motivos de vária ordem, 1 067 reclusos foram soltos naquele período, 10 colocaram-se em fuga e 11 perderam a vida devido a enfermidades de vária ordem.
Para descongestionar a cadeia, no período em análise, foram transferidos para outros centros alguns prisioneiros. Assim, 20 foram para o posto administrativo de Nante, no distrito da Maganja da Costa, e 75 para o centro Alberto de Quinta Girassol.
O procurador-geral da República manteve um encontro com os reclusos daquela penitenciária, com o objectivo de se inteirar das preocupações daquele grupo social. Paulino ficou a saber de algumas doenças que enfermam aquela população, com destaque para as doenças da pele, causadas pela superlotação da cadeia.
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